sem precisar pagar o preço
que uma paixão como essa
cobra de idiotas como eu.
E ela faz perder o rumo,
sorrir sem motivo,
falar sozinho,
trabalhar o dia todo
sem nem perceber
o que se esta fazendo.
Mas depois vem a noite,
o celular sempre ocupado,
a campainha da porta
que nunca atende,
o e-mail ignorado,
as desculpas de sempre.
Acompanhando a paixão
vem a sórdida rejeição,
o comichão da duvida
que não aquieta,
o fim do pudor
de espionar,
intrometer,
julgar.
E idiotas também querem
ser valorizados,
se sentir especial,
idiotas não desejam
ser eternos gandulas,
assistindo o jogo do amor
no escanteio.
San, 04/03/13