O Prozac acabou com a poesia!
Sim, agora enterremos
essa antes amarga Deusa
infeliz e fragilizada
com o mundo desgovernado
maldoso e incoerente,
onde amores vem e vão,
e pessoas são traídas
pelos melhores amigos.
Dela não ouviremos mais
seus profundos ais,
e lampejos da sabedoria
que só a vivencia
da perda e tormento
permite o conhecimento.
Assim seja !!!!
A embrulharemos
com a mortalha
da vida que sempre
tem que ser satisfeita,
perfeita, brilhante,
luminosa, delirante.
Será banhada, perfumada,
vestida, penteada, maquiada,
e assim estará para nós
irreconhecível,
tão bela, cômica,
tão indelicadamente feliz.
E eu rasgarei minhas roupas
em convulsão e gritos,
uivos, lamentos,
porque lhe amei
soberbamente,
vivi com você cada minuto,
a cada dia.
Você foi soberana
em minhas intenções e sentidos,
a unica que me deu motivo
para mais um dia.
San, 29/08/11