domingo, 28 de agosto de 2011

Mil palavras


Ao abrir a hermética caixa pensamento
as palavras voam em gostosas risadas.

Apavorada pela minha imprevidência
eu vou atras delas,
com minha rede de capturar
borboletas fêmeas pernósticas.

Elas fogem, é claro!

Quem não fugiria?

Em sã consciência quem desejaria ficar
sentada em frente a tv desligada,
em silêncio, sem se mexer?

Tento capturar DISCERNIMENTO,
que já vestido com um blusão de pele
e capuz vermelho
vai em direção ao Canadá.

Busco resgatar
RETIDÃO e CONFIANÇA,
elas zombam da minha inabilidade,
parece que é preciso
ter tidos pais amorosos e presentes
para ter esse poder agora.

E sou ultrapassada tantas vezes pelo FOCO
que volteia pelo meu corpo
em cambalhotas circenses suicidas
que me quedo ao obvio:
eu não tenho controle de nada,
eu não tenho o minimo controle.

Não tenho mapas,
não entendo os gráficos,
quebrei a bussola,
realmente não sei
o que estou fazendo aqui.


San, 28/08/11