Ao abrir a hermética caixa pensamento
as palavras voam em gostosas risadas.
Apavorada pela minha imprevidência
eu vou atras delas,
com minha rede de capturar
borboletas fêmeas pernósticas.
Elas fogem, é claro!
Quem não fugiria?
Em sã consciência quem desejaria ficar
sentada em frente a tv desligada,
em silêncio, sem se mexer?
Tento capturar DISCERNIMENTO,
que já vestido com um blusão de pele
e capuz vermelho
vai em direção ao Canadá.
Busco resgatar
RETIDÃO e CONFIANÇA,
elas zombam da minha inabilidade,
parece que é preciso
ter tidos pais amorosos e presentes
para ter esse poder agora.
E sou ultrapassada tantas vezes pelo FOCO
que volteia pelo meu corpo
em cambalhotas circenses suicidas
que me quedo ao obvio:
eu não tenho controle de nada,
eu não tenho o minimo controle.
Não tenho mapas,
não entendo os gráficos,
quebrei a bussola,
realmente não sei
o que estou fazendo aqui.
San, 28/08/11