Às vezes percebo
que estou absolutamente parada
em cima de uma esteira rolante,
dessas de aeroporto.
Não sou eu que me mexo
estou sendo levada.
Posso até ouvir
os sons do mecanismo,
pequenos crics e cracs,
Ai tento pular fora
do que esteja acontecendo,
e geralmente bato a cabeça,
quebro o braço, torço a perna,
machuco meu coração.
Se pudesse ver tudo bem do alto,
teria outras escolhas e atitudes,
outros erros e acertos,
outro motivo de viver.
San, 29/03/2015