Quanto mais melhor?
Menos espaço para se mexer
e mais coisas para conter
o vazar da sua insegurança.
A ganância disfarçada de reciclagem,
o medo contido na subserviente vontade
de não perder nada.
Tudo se transforma
mas fica.
Tudo se espalha
à vista ou escondido,
prendendo a vida
aquilo que ainda não foi digerido.
A extrema negação
da passagem do tempo,
o envelhecimento,
a perda, a morte,
a transformação.
San, 29/03/2015