Não lhe dou a cura
ela não me pertence,
não lhe forneço respostas
não criei as dúvidas.
E não se renda
a certezas absolutas
o mundo esta em constante
movimento,
tudo se transforma.
Talvez o que seja agora dor
se prove ser o fogo conciliador,
purificando o antigo sem função,
trazendo o novo que apavora
mas empurra ao próximo movimento.
A vida realmente é cheia de tormentos
criados pela nossa grande imaginação.
Temos fúria em possuir
ao mesmo tempo raiva ao conseguir
aquilo que desejamos.
E como nada realmente
nos torna plenos
e completamos satisfeitos
lá vamos de novo
a batalha da próxima aquisição.
Realmente
não tenho a sinopse
da iluminação
aqui em mãos,
ofereço apenas
um leve sopro
de lucidez.
San, 24/03/2015