Enfim que tenha fim
todo sofrimento,
morte-nascimento,
todo tormento da separação.
E que seja esse o ultimo dos dias
da raiva, medo, apego e ganância,
nascendo o amanhã
de plena abundância
para todos os seres.
Sim,
eu vou dançar,
eu vou cantar,
e cem milhões de vezes
me prostrarei
nessa estranha longa.
Os beija-flores despejam água
sobre minha cabeça,
as borboletas batem suas asas
para me refrescar,
e as flores todas abrem
ao me sentir passar.
Sim,
se precisar
cem milhões de vezes irei nascer
para apagar do mundo
toda ignorância.
San, 29/03/2015