domingo, 29 de março de 2015

Bodhisattva


Enfim que tenha fim
todo sofrimento,
morte-nascimento,
todo tormento da separação.

E que seja esse o ultimo dos dias
da raiva, medo, apego e ganância,
nascendo o amanhã
de plena abundância
para todos os seres.

Sim,
eu vou dançar,
eu vou cantar,
e cem milhões de vezes
me prostrarei
nessa estranha longa.

Os beija-flores despejam água
sobre minha cabeça,
as borboletas batem suas asas
para me refrescar,
e as flores todas abrem
ao me sentir passar.

Sim,
se precisar
cem milhões de vezes irei nascer
para apagar do mundo
toda ignorância.



San, 29/03/2015