Eu me vicio fácil
naquilo que não preciso,
sou uma peregrina
da emoção deslumbrante
do prazer rápido.
E de novo lá estou eu
me entregando a algo
que não persiste,
que não muda realmente
minha situação,
que não cala
minha sofreguidão.
Não importa como,
não importa o que,
não importa quando,
não importa onde,
nem com quem,
sem motivo
eu danço o desvario,
calo os sentidos
com a explosão do sentir.
Depois me sinto mal,
fico sozinha e choro,
me apavoro,
prometo mudanças,
de repente lá estou eu de novo,
e de novo.
San, 02/11/2015