É um estorvo quando as coisas perdem o frescor,
se tornam rotina, convenção, tarefa obrigatória,
perdem a espontaneidade, a graça, a surpresa.
Muito mais um relacionamento amoroso,
que precisa de rompantes, frisson, fantasia,
de espaço para mudanças mesmo malucas.
Mas, tudo tem um mas evidentemente....
Mas quando algo é muito vago, incerto, aéreo,
essa inconstância cria uma fragilidade
na capacidade de entrega e confiança.
Porque queremos a aventura e a comodidade,
a paixão inesperada e a segurança,
o errado de uma forma certa,
o alívio rápido que dure para sempre.
Então mesmo o amor se torna chato,
um trabalho diário ao qual nos submetemos
se queremos a tranquilidade de não envelhecer sozinho.
San, 16/11/2015