Quando se trata de mim mesma
não adianta por panos quentes,
usar de tato, retórica, sutileza,
argumentação imparcial e respeitosa,
é preciso olhar dentro do olho
do dragão, do meliante, do louco varrido,
sentir o bafio das coisas escondidas
traze-las a mente dedutiva,
para com coragem esclarece-las,
sorve-las mesmo nuas e cruas,
não usar desculpas esfarrapadas,
mentiras funcionais,
rotas conhecidas.
Não sou,
e nunca conseguirei ser
a moça da propaganda
de margarina.
San, 02/11/2015