domingo, 1 de novembro de 2015

Borderline 3


Como posso construir uma parede
se meu self é evanescente,
e a cada minuto estou em todo lugar,
em formas diferentes,
por estranhos motivos? 

Para mim um pingo 
não é exatamente um pingo,
um pingo pode ser muita coisa.

A prova de uma onda que passou por aqui,
mesmo que o mar esteja tão longe,
um sinal deixado por alguém,
um aviso impreciso,
a caneta que acabou a tinta,
a palavra indefinida.

Como posso ter uma vida didática
se minha mente é errática,
confusa, delirante, desconcertante?




San, 01/11/2015