terça-feira, 28 de abril de 2015

Que saco!


Preciso segurar o ego!

Não nego!

Um minuto de desatenção
e ele já toma os espaços,
muda a entonação da voz,
joga o corpo para a frente,
torna os olhos delirantes.

Preciso segurar o ego!

Que coisa!

Ríspida, direta, calculista,
detalhista, formal, temerosa,
de repente o bicho fofinho
vira um monstro sanguinário,
disposto a uma batalha
por praticamente nada.

Preciso segurar o ego!

Dá medo!

E depois a rebordosa,
aquela vergonha intensa
pelo vexame estúpido,
as atitudes examinadas,
a besteira consagrada.

Preciso segurar o ego!

Que saco!



San, 28/04/2015