Preciso segurar o ego!
Não nego!
Um minuto de desatenção
e ele já toma os espaços,
muda a entonação da voz,
joga o corpo para a frente,
torna os olhos delirantes.
Preciso segurar o ego!
Que coisa!
Ríspida, direta, calculista,
detalhista, formal, temerosa,
de repente o bicho fofinho
vira um monstro sanguinário,
disposto a uma batalha
por praticamente nada.
Preciso segurar o ego!
Dá medo!
E depois a rebordosa,
aquela vergonha intensa
pelo vexame estúpido,
as atitudes examinadas,
a besteira consagrada.
Preciso segurar o ego!
Que saco!
San, 28/04/2015