O tempo canta toda noite
uma toada antiga,
que fala da dor
de ser esquecida.
Eu que escuto a tanto tempo
posso lhe afirmar
a força de transformação
que essa melodia traz.
Aprendi a voar
por novos mundos.
Aprendi a amar
sem retribuição.
Aprendi a perdoar
o que é feito sem pensar.
Aprendi a observar
nossa criação em conjunto.
Quando chega a noite
e sua estranha canção vem,
me enrodilho no meu espaço
de não ter ninguém.
E eu penso nas coisas boas
que eu já fiz,
mesmo que nenhuma delas
tenha me feito feliz.
San, 23/04/2015