Doce,
doce querida,
nua, frágil, ardente,
meus gemidos são ecos
desesperados,
lancinantes,
perdidos no homem oco
no qual me transformei.
Doce,
doce querida,
sua presença diafana permeia
e entremeia
minhas horas
de homem louco.
Doce,
doce querida,
no universo tolo
do meu cotidiano
sou um necromante,
a exigir seu corpo,
sua luxuria,
para concretizar
o eternamente prometido.
San, 04/02/98