Não preciso de substância
mas sim de grandes espaços
onde o vento me faça musica,
o tempo me torne escultura,
e a seus olhos eu seja poesia.
Que adianta me transformar
em corpo denso
se nem em mim mesma acredito.
Que adianta me limitar
ao corpo denso
se nem em mim mesma acredito.
Sou apenas o sonho
de um homem que caminha devagar,
e seu relógio corre para trás
para que possamos
do passado
nos curar.
San, 06/07/2005