Minha alma mora tão longe
que só nos encontramos a cada 10 anos.
Ela diz que é muito trabalhoso vir até mim,
e minha condição não me permite ir até ela.
Mas todos os dias
ela me deixa nacos de informação,
uma palavra solta numa musica,
uma borboleta que me rodeia
enquanto penduro a roupa no varal,
uma sensação inesperada
de tranquilidade.
Quando jovem eu queria mais
e me magoava com que recebia,
agora eu aceito as coisas como são
e as aproveito da forma
como se apresentam.
Aprendi que muito não é tudo
e que pouco não é nada.
San, 09/12/2015