Toca o sino e eu pulo
manda dançar e eu rodopio,
me deixa quieta no canto
enfim posso respirar
que engano!
Sou um brinquedo das emoções
e sem controle eu vou
na direção indicada
pelo caminho
da risada ou choro.
Estou emparedada
pelo absurdo
do abuso
de mim mesma.
Estou aprisionada
pelo obtuso
genes ou
passado escuso.
Não sei mais
a quem dizer,
não sei mais
o que dizer,
não sei mais nada
até o próximo momento.
Então vem o desejo
e eu sou carregada
para um mundo brilhante
e amistoso
ou hostil e horroroso,
pulando todas etapas,
cercas e muros,
e me debatendo
no escuro
da imprecisão,
da indecisão,
da auto destruição.
Não sei mais
o que realmente mereço,
não sei mais
o que digo ou nego,
não sei mais
se me amo ou desprezo,
não sei mais
como voltar ao começo.
E essa história é tão antiga e complicada
como um lenda mil vezes contada
e a cada vez um novo inicio,
e a toda vez um novo desfecho.
San, 13/07/2015