quinta-feira, 23 de julho de 2015

Bear dance


Antes de tropeçar
agarre minha mão
iremos juntas 
rindo-chorando
olhos-abertos-fechados,
estarrecidas.

Cair nem sempre é uma descida.

Quando sentir 
que não cabe no mundo
venha até minha casa
que eu lhe escondo
numa fresta de livros,
sofás e sonhos tolos
 e deliciosos.

Não sou alguém 
que carrega uma placa,
não sou também
aquela que lhe manda
não ser fraca.

Trago cravado em meu corpo
as farpas-tatuagens
 das longas batalhas,
hoje são as migalhas
que as crianças assustadas
vem buscar,
que os loucos sem afeto
vem examinar.

Cair às vezes é uma subida.

E quando você crescer
farei um bolo,
bateremos palmas,
juntas cantaremos
uma canção,
de reconhecimento,
e dançaremos algo antigo,
fazendo novos
juramentos.



San, 22/07/2015