Somos milhões,
massa podre amorfa mofada abandonada vilipendiada,
a loucura humana capturada num instante,
tão presente absurdo distante irreal banal miserável.
Somos milhões
caminhando sem destino tino sensatez segurança capacidade,
a sagacidade humana que nos separou de outros símios
destruição sem sentido.
E a mão que aperta o gatilho
é a mesma que acaricia o filho,
e o carrasco sanguinário
é o mesmo amante delicado.
Somos milhões
inaptos dirigindo o carro alegórico da transformação evolução pureza ascensão,
insensíveis aos gritos daqueles que amassamos
com nossas obtusas abruptas massacrantes delirantes ideologias.
E assim tombam civilizações,
pulverizadas pela ganancia mascarada de mudança.
Somos milhões!!!
San, 09/02/2014