sexta-feira, 29 de agosto de 2014

In Quietude




Como corvos grasnantes,
pavoneando os desditos
da mente sufocante,
repetindo verdades inventadas,
machucados tateando o nada.

Existe um medo tão imenso.

Mas dentro da quietude,
nada mais é necessário,
extraordinário,
dentro da quietude
muda os homens,
cessa a dança
de nomear
o inominável.

Existe uma fome tão intensa.

Mas dentro da quietude
as coisas voam em sua direção
não é necessário procura-las,
dentro da quietude
nada é classificado,
tudo é livre para existir,
persistir e criar.

Nado no nada
dentro da quietude.


San, 29/08/2014