As palavras estavam perdidas,
solitárias, famintas, com frio, com dor de barriga,
tive que tecer frases para aquecê-las,
capítulos para alimenta-las,
crônicas para cura-las.
E assim já melhores
elas me deixaram
tomaram seu rumo,
seguiram a estrada,
muitos tinham a visitar,
muitos tinham a admoestar,
ensinar, deslumbrar, estimular.
Para protege-las em sua viagem
as batizei pelo espirito santo da poesia,
aquele que me faz querer amanhecer
outro dia e outro dia e mais outro dia.
San, 18/11/2014