Ad Eternum
És pó e ao pó voltará,
a boca da terra
engolindo o último abraço consciente,
do sentir ao esquecimento,
recebe a terra em suas estranhas
a oferta do amor que não esmorece
mas se encontra mesmo
nos mais terríveis momentos.
E eu aqui em perpétua proteção
tento imaginar todo desespero e confusão
que geralmente leva os casais
a diâmetros opostos,
mas não vocês,
talvez nunca vocês.
Num átimo foram libertados
de duvidas, ressentimentos,
perguntas questionadoras,
foram sacudidos e jogados,
apenas dois corpos que se conheciam
e se amavam,
bailando um ao outro.
San, 12/10/2013