Por certo que ficaria mudo
e um grande silêncio
com ondas ao fundo.
E teria também
um misto de dança
e balançar suave
como fazem as crianças
chupando o próprio dedo.
E naquele momento
se abriria os espaços vazios
necessários quando estamos cheios
daquilo que não seremos
e não queremos entender.
E de olhos bem fechados voaria,
como a sombra do ônibus
passando na estrada,
passando na estrada,
sendo levado até o lugar distante
onde ainda existe inteiro.
San, 25/01/2011