Pela fresta da janela
garimpo seu olhar selvagem
no meu corpo sedento
medo e desejo se espalham.
Não quero acreditar em dogmas,
não aceito sua lógica,
não quero mais ter nexo
e nenhum complexo.
O tempo é um jogo,
o tempo é um logro,
o tempo é apenas
um relógio na parede.
Pela fresta da janela
recebo seu olhar covarde
no meu corpo mudo
tristeza e dor se espalham.
Não quero acreditar em dogmas,
não aceito sua lógica,
nunca tive nexo,
chega de complexo.
O tempo é um jogo,
o tempo é um logro,
o tempo é apenas
seu retrato na parede.
O tempo é um jogo
o tempo é um logro,
o tempo é apenas
mil retratos na parede.
San, 01/03/2001