Seu intenso arroubo grafita no meu corpo
a essência da insanidade que mantemos
Sua escrita em paranoia cíclica
se espalha como botões em flor
Cresço, regrido, desintegro, permaneço
só em nós dois me reconheço
Nessa fachada de casal perfeito
queimamos carmas, expectativas, sonhos
Implodo em seu interior e me liberto
tenho finalmente o peso da presença
Nossas mentes se desafiam
e desfiam progressivamente
Compartilhamos o ar e todos orificios
fazemos pelo bem do outro esse sacrifício
San, 30/08/2017