sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Distonia


Ás vezes meu corpo
é como um chiclete velho
mastigado pela vida

Borrachuda eu me arrasto
e tento ultrapassar o gasto
vencendo o cansaço
de tanta distonia.

As letras do teclado mudam de lado
ou é meu cérebro afetado
que me engana?

Não importa!

Minha poesia não surge
pela força do meu músculo
ela nasce na minha consciência
ou sua ausência.

Espasmos me antecedem
tremores se sucedem
dores são marcações

E vou vivendo conforme 
me permite as hipóteses e além delas
criando novas experiências
ou talvez futura ciência

Estou viva! Viva a Vida!



San, 18/08/2017