quinta-feira, 26 de junho de 2014
Psicografia
Na história da minha vida muitos seguram a caneta.
Os meus ancestrais pelo meu código genético.
Os meus pais pelas primeiras instruções de moralidade.
Meus professores pelos conceitos ideológicas.
Meus hormônios e substâncias neurotransmissoras
respondendo ao ambiente imediato.
Sim, vejo que muitos seguram minha caneta.
Mas sou eu que decido o que escrevo,
mesmo com tanto apoio ou tanta amarra.
Eu escrevo com letras pontuadas pela dor
da quase imobilidade
ou da fúria da liberdade,
as vezes palavras pingadas,
de cansaço,
outras jogadas pela necessidade.
Mas sou eu que decido
o que escrevo.
San, 26/06/2014