quarta-feira, 11 de junho de 2014

Nau dos insensatos

Eu toco 
para as pessoas
que embalam 
meu pensamentos,
lembranças 
de mágicos momentos.

Virando essa roda-rota
mundo coisa estranha,
ainda não entendo
mas vivo em suas entranhas.

Queria que o tempo fosse
amigo e companheiro
e não ter a sombra
dos mortos nesse outeiro.

Queria que os homens fossem
eternas crianças brincando
sem regras, sem crenças,
sem guerras pelo dinheiro.

O mundo então se despede
- Adeus minha andarilha!
  Um dia nos encontraremos
nessas dobras sujas da vida!

Então nada me resta
que tocar no meu violino 
as melodias estranhas
do enigmático destino.

Então nada me resta
vai chorando meu violino
o karma dos homens
estupido e trágico destino.


San, 11/06/14