eu lhe recebo esperança,
vestida como o sol da primavera,
promessa de calor, amor, compaixão,
eu lhe espero viajante.
Um outro dia eu vi seu rosto pelo vidro
como uma fagulha entre tantos brancos,
sorria do meu desejo imediato,
estava acordada,
disso tenho certeza
você sempre existiu em algum lugar,
mesmo que não seja aqui.
E no dia em que nasci
você me abraçou no berço
e cantou musicas de terras distantes,
sons coloridos, carnudos,
doces, extravagantes,
doces, extravagantes,
para me ajudar a sublimar
tantas noites escuras.
San, 04/02/12