Eu lhe vejo todos os dias,
desnuda, quebrada, sibilante,
preparada para o golpe.
Colagem de fragmentos
descontentes,
pais deprimentes,
quem cala pressente.
Sobreviver entre rastros,
esconderijos,
então o som de queda,
choros, bofetadas,
musica alta no vizinho.
Mas mesmo que a boca não fale,
o todo corpo espalha,
a palavra não dita,
mas sentida,
perdida,
esquizofrênica,
Então pega nessa mão descrente
e joga no papel caduco,
velho embolorado,
truco,
grita seus sonhos
persistentes.
San, 06/02/12