Deixei um rastro tão obvio
ao longo do meu caminho.
E mesmo que esteja tão cego,
certamente me encontrará.
Eu canto para você,
por você faço poesia,
e coloco um prato a mais a mesa
todos os dias.
Juro
deixei meu mundo para trás.
Será que conseguirá me perdoar?
Será que conseguirá me ver?
Será que conseguirá me alcançar?
E me reconhecer?
Temos tanta solidão juntos,
temos tanta dores partilhadas,
tememos os mesmos inimigos,
ilusão, dor, emboscada.
Não tenho mais palavras para você,
não tenho mais pétalas para jogar,
o tempo agora é outono,
quiserá que você pudesse me encontrar.
San, 19/02/12