Eu sempre vou a extremos
em busca do meu coração
e intensamente me machuco
ao romper os limites
Todos estão dormindo
em sonhos pré fabricados
enrolados nas mantas
das ilusões parceladas
Acordada e sozinha
chuto latas pelas ruas
e os poucos que encontro
tem seus olhos vazados
Não estou aqui
para curar feridas
e o vento pode bater
nos meus osso expostos
Não estou aqui
para buscar abrigo
se nem em mim mesma consigo
encontrar zelo e conforto
Eu vou a extremos
em busca do meu coração
que um dia foi brinquedo
de muitas más mãos
Eu quero extipar
essas sombras poderosas
que tentam se apropriar
da força do meu nome
Carrego a maldição
da qual morro de fome
busco desesperada
o amor
que não existe
San, 29/04/2022