que nunca foram transformadoras
que nunca foram libertadoras
que nunca foram concretas
que nunca foram sábias
que nunca foram boas
que nunca foram minhas
Perdi o medo de perder a ilusão
a ilusão de que você precisa
a ilusão de que você alcança
a ilusão de que isso existe
a ilusão de que isso faz
você ser o que você é
Sempre fui uma menina
que brincava com o éter
que cantava para si mesma
que perguntava e respondia
que dava risada
das próprias besteiras
e se espantava
com as particulares mazelas
nunca me acreditei
pelo olhos, bocas e ouvidos
dos outros
meu sabor só eu mesma
posso provar
e atestar
San, 10/12/2014
San, 10/12/2014