Nessa terra arrasada
eu canto uma canção de ninar
para mim mesma
Não há o que dar
e nem o que tomar
ao pó voltaremos
Nessa guerra confusa
eu me perco antes da hora
fico aqui ou vou embora
Sobrevivo sem alma
morro sem corpo
nesse mundo oco
E a mão da perdição
bate a porta do amanhecer
ambição pela morte
num futuro deserto
Nesse terra desolada
que um dia foi muito amada
eu canto uma canção de ninar
para mim mesma
San, 24/03/2022