Se diluir,
transpor a imagem
de si mesmo,
ganhar espaços
incalculáveis,
atingir dimensões
transformadoras.
E para ser assim
é preciso
abandonar o controle
que o medo exerce
e exercer o poder
que o medo teme.
Voar naquilo
em que outros
ainda se arrastam,
caminhar na solo
onde ninguém mais
tenha pisado.
Isso tem a consciência,
pura mágica,
física e imaterial,
poderosa alavanca
que projeta sonhos
nunca antes percebidos.
San, 21/02/81